De
origem africana,com elementos indígenas e portugueses,tinha no passado uma
característica altamente religiosa, dançavam-se mais em festas religiosas
,diante das igrejas,e algumas vezes em em festas cívicas, porém hoje é apenas
para o divertimento carnavalesco.Baseado em elementos religiosos e profanos das
antigas festas coloniais de Coroação dos Reis Negros eleito pelos escravos com
a função simbólica de líder.
A
palavra Maracatu, não há certezas quanto ao seu significado , alguns
pesquisadores acreditam que esta palavra é de origem indígena com o seguinte
significado (Maracá = instrumento musical / Catu = bom,bonito). Já outra
corrente de pesquisadores acreditam que o nome Maracatu deriva da dança dos
bondos de Luanda.
O
maracatu é um ritmo tradicional do nordeste do Brasil. Em Recife e Olinda, no
coração de Pernambuco, desenvolveu-se a mais de 400 anos da música e da
tradição dos escravos proveniente na maioria do Congo da tribo de Nagô.
Os Maracatus mais antigos do Carnaval do Recife, também conhecidos como
Maracatus de Baque Virado ou Maracatu Nação, nasceram da tradição do Rei do
Congo, implantada no Brasil pelos portugueses. O mais remoto registro sobre Maracatu
data de 1711, de Olinda, e fala de uma instituição que compreendia um setor
administrativo e outra, festivo, com teatro, música e dança. A parte falada foi
sendo eliminada lentamente, resultando em música e dança próprias para
homenagear a coroação do rei: o Maracatu.
Assim como nas outras agremiações, cada maracatu tem uma batida ou baque
próprio. O instrumental do brinquedo, composto de tarol, caixa de guerra,
mineiro, agbê, gonguê e alfaias (tambores confeccionados com madeira), também
varia em número e tipo, e é comandado pelo Mestre de Apito.
Fortemente ligadas às religiões de matriz africana, em especial, o Candomblé,
as Nações mais "tradicionais" encontram nos símbolos, cânticos,
danças, indumentárias e adereços estreitas relações com os orixás e outras
entidades. É uma manifestação artística de modelo europeu e espírito africano,
num movimento de luta, resistência e preservação das práticas culturais
afro-brasileiras.
MPB
Música popular brasileira
Podemos dizer que a MPB surgiu ainda no período colonial brasileiro, a partir
da mistura de vários estilos. Entre os séculos XVI e XVIII, misturou-se em
nossa terra, as cantigas populares, os sons de origem africana, fanfarras
militares, músicas religiosas e músicas eruditas européias. Também
contribuíram, neste caldeirão musical, os indígenas com seus típicos cantos e
sons tribais.
Nos séculos XVIII e XIX, destacavam-se nas cidades, que estavam se
desenvolvendo e aumentando demograficamente, dois ritmos musicais que marcaram
a história da MPB : o lundu e a modinha. O lundu, de origem africana, possuía
um forte caráter sensual e uma batida rítmica dançante. Já a modinha, de origem
portuguesa, trazia a melancolia e falava de amor numa batida calma e
erudita.
Na segunda metade do século XIX, surge o Choro ou Chorinho, a partir da mistura
do lundu, da modinha e da dança de salão européia. Em 1899, a cantora Chiquinha
Gonzaga compõe a música Abre Alas, uma das mais conhecidas marchinhas
carnavalescas da história.
Já no início do século XX começam a surgir as bases do que seria o samba. Dos
morros e dos cortiços do Rio de Janeiro, começam a se misturar os batuques e
rodas de capoeira com os pagodes e as batidas em homenagem aos orixás. O carnaval começa a tomar forma com a participação, principalmente de mulatos e
negros ex-escravos. O ano de 1917 é um marco, pois Ernesto dos Santos, o Donga,
compõe o primeiro samba que se tem notícia : Pelo Telefone. Neste mesmo ano,
aparece a primeira gravação de Pixinguinha, importante cantor e compositor da
MPB do início do século XIX.
ANOS 20-30: Com o crescimento e popularização do rádio nas décadas de 1920 e 1930, a música
popular brasileira cresce ainda mais. Nesta época inicial do rádio brasileiro,
destacam-se os seguintes cantores e compositores : Ary Barroso, Lamartine Babo
(criador de O teu cabelo não nega), Dorival Caymmi, Lupicínio Rodrigues e Noel
Rosa. Surgem também os grandes intérpretes da música popular brasileira :Carmem
Miranda, Mário Reis e Francisco Alves.
ANOS 40: Na década de 1940 destaca-se, no cenário musical brasileiro, Luis Gonzaga, o
"rei do Baião ". Falando do cenário da seca nordestina, Luis Gonzaga
faz sucesso com músicas como, por exemplo, Asa Branca e Assum Preto.
Enquanto o baião continuava a fazer sucesso com Luis Gonzaga e com os novos
sucessos de Jackson do Pandeiro e Alvarenga e Ranchinho, ganhava corpo um novo
estilo musical: o samba-canção. Com um ritmo mais calmo e orquestrado, as
canções falavam principalmente de amor. Destacam-se neste contexto musical :
Dolores Duran, Antônio Maria, Marlene, Emilinha Borba, Dalva de Oliveira,
Angela Maria e Caubi Peixoto.
ANOS 50: Em fins dos anos 50(década de 1950), surge a Bossa Nova, um estilo sofisticado
e suave. Destaca-se Elizeth Cardoso, Tom Jobim e João Gilberto. A Bossa Nova
leva as belezas brasileiras para o exterior, fazendo grande sucesso,
principalmente nos Estados Unidos.
ANOS 60: A televisão começou a se popularizar em meados da década de 1960, influenciando
na música. Nesta época, a TV Record organizou o Festival de Música Popular
Brasileira. Nestes festivais são lançados Milton Nascimento, Elis Regina, Chico
Buarque de Holanda, Caetano Veloso e Edu Lobo. Neste mesmo período, a TV Record
lança o programa musical Jovem Guarda, onde despontam os cantores Roberto
Carlos e Erasmo Carlos e a cantora Wanderléa.
ANOS 70: Na década de 1970, vários músicos começam a fazer sucesso nos quatro cantos do
país. Nara Leão grava músicas de Cartola e Nelson do Cavaquinho. Vindas da
Bahia, Gal Costa e Maria Bethânia fazem sucesso nas grandes cidades. O mesmo
acontece com DJavan (vindo de Alagoas), Fafá de Belém (vinda do Pará), Clara
Nunes (de Minas Gerais), Belchior e Fagner ( ambos do Ceará), Alceu Valença (de
Pernambuco) e Elba Ramalho (da Paraíba). No cenário do rock brasileiro
destacam-se Raul Seixas e Rita Lee. No cenário funk aparecem Tim Maia e Jorge
Ben Jor.
ANOS 80-90: Nas décadas de 1980 e 1990 começam a fazer sucesso novos estilos musicais, que
recebiam fortes influências do exterior. São as décadas do rock, do punk e da
new wave. O show Rock in Rio, do início dos anos 80; serviu para impulsionar o
rock nacional. Com uma temática fortemente urbana e tratando de temas sociais,
juvenis e amorosos, surgem várias bandas musicais. É deste período o grupo
Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Titãs, Kid Abelha, RPM, Plebe Rude,
Ultraje a Rigor, Capital Inicial, Engenheiros do Hawaii, Ira! e Barão Vermelho.
Também fazem sucesso: Cazuza, Rita Lee, Lulu Santos, Marina Lima, Lobão, Cássia
Eller, Zeca Pagodinho e Raul Seixas.
Os anos 90 são marcados pelo crescimento e sucesso da música sertaneja ou
country. Neste contexto, com um forte caráter romântico, despontam no cenário
musical : Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo e
João Paulo e Daniel.
Nesta época, no cenário rap destacam-se: Gabriel, o Pensador, O Rappa, Planet
Hemp, Racionais MCs e Pavilhão 9.
SÉCULO XXI: O século XXI começa com o sucesso de grupos de rock com temáticas voltadas para
o público adolescente. São exemplos : Charlie Brown Jr, Skank, Detonautas e CPM
22.
Samba
SAMBA
O samba surgiu da mistura de estilos musicais de origem africana e brasileira.
O samba é tocado com instrumentos de percussão ( tambores, surdos timbau) e
acompanhados por violão e cavaquinho.
As raízes do samba foram fincadas em solo brasileiro na época do Brasil
Colonial, com a chegada dos escravos no Brasil.
O primeiro samba gravado no Brasil foi Pelo Telefone, no ano de 1917, cantado
por “Baiano”. A letra deste samba foi escrita por Mauro de Almeida e Donga
.Tempos depois, o samba toma as ruas e espalha-se pelos carnavais do Brasil.
Neste período, os principais sambistas são: Sinhô Ismael Silva e Heitor dos
Prazeres .
Na década de 1930, as estações de rádio, em plena difusão pelo Brasil, passam a
tocar os sambas para os lares. Os grandes sambistas e compositores desta época
são: Noel Rosa autor de Conversa de Botequim; Cartola de As Rosas Não Falam;
Dorival Caymmi de O Que É Que a Baiana Tem; Ary Barroso, de Aquarela do Brasil;
e Adoniran Barbosa, de Trem das Onze.
Na década de 1970 e 1980, começa a surgir uma nova geração de sambistas. Podemos
destacar: Paulinho da Viola, Jorge Aragão, João Nogueira, Beth Carvalho, Elza
Soares, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Chico Buarque, João Bosco e Aldir
Blanc.
Os tipos de samba mais conhecidos e que fazem mais sucesso são os da Bahia, do
Rio de Janeiro e de São Paulo. O samba baiano é influenciado pelo lundu e
maxixe, com letras simples, balanço rápido e ritmo repetitivo. A lambada, por
exemplo, é neste estilo, pois tem origem no maxixe.
Já o samba de roda, surgido na Bahia no século XIX, apresenta elementos
culturais afro-brasileiros. Com palmas e cantos, os dançarinos dançam dentro de
uma roda. O som fica por conta de um conjunto musical, que utiliza viola,
atabaque, berimbau, chocalho e pandeiro.
No Rio de Janeiro, o samba está ligado à vida nos morros, sendo que as letras
falam da vida urbana, dos trabalhadores e das dificuldades da vida de uma forma
amena e muitas vezes com humor.
Entre os paulistas, o samba ganha uma conotação de mistura de raças. Com
influência italiana, as letras são mais elaboradas e o sotaque dos bairros de
trabalhadores ganha espaço no estilo do samba de São Paulo.
Principais tipos de samba:
Samba-enredo
Surge no Rio de Janeiro durante a década de 1930. O tema está ligado ao assunto
que a escola de samba escolhe para o ano do desfile. Geralmente segue temas
sociais ou culturais. Ele que define toda a coreografia e cenografia utilizada
no desfile da escola de samba.
Samba de partido alto
Com letras improvisadas, falam sobre a realidade dos morros e das regiões mais
carentes. É o estilo dos grandes mestres do samba. Os compositores de partido
alto mais conhecidos são: Moreira da Silva, Martinho da Vila e Zeca
Pagodinho.
Pagode
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, nos anos 70 (década de 1970), e ganhou as
rádios e pistas de dança na década seguinte. Tem um ritmo repetitivo e utiliza
instrumentos de percussão e sons eletrônicos. Espalhou-se rapidamente pelo
Brasil, graças às letras simples e românticas. Os principais grupos são : Fundo
de Quintal, Negritude Jr., Só Pra Contrariar, Raça Negra, Katinguelê, Patrulha
do Samba, Pique Novo, Travessos, Art Popular.
Samba-canção
Surge na década de 1920, com ritmos lentos e letras sentimentais e românticas.
Exemplo: Ai, Ioiô (1929), de Luís Peixoto.
Samba carnavalesco
Marchinhas e Sambas feitas para dançar e cantar nos bailes carnavalescos.
exemplos : Abre alas, Apaga a vela, Aurora, Balancê.
Bossa Nova
A
bossa nova é um movimento da música popular brasileira surgido no final da
década de 1950 e início da década de 1960. De início, o termo era apenas
relativo a um novo modo de cantar e tocar samba naquela época. Anos depois,
Bossa Nova se tornaria um dos gêneros musicais brasileiros mais conhecidos em
todo o mundo.
A
palavra bossa apareceu pela primeira vez na década de 1930, em Coisas Nossas,
samba do popular cantor Noel Rosa: O samba, a prontidão/e outras bossas,/são
nossas coisas(...). A expressão bossa nova passou a ser utilizada também na
década seguinte para aqueles sambas de breque, baseado no talento de improvisar
paradas súbitas durante a música para encaixar falas.
Alguns críticos musicais destacam a grande influência que a cultura
estadosuninense do Pós-Guerra, de musicos como Stan Kenton, combinada ao
impressionismo erudito, de Debussy e Ravel, teve na bossa nova, especialmente
do jazz. Além disso, havia um fundamental inconformismo com o formato musical
de época. Os cantores Dick Farney e Lúcio Alves, que fizeram sucesso nos anos
da década de 1950 com um jeito suave e minimalista (em oposição a cantores de
grande potência sonora) também são considerados influências positivas sobre os
garotos que fizeram a Bossa Nova.
Movimento que ficou associado ao crescimento urbano brasileiro - impulsionado
pela fase desenvolvimentista da presidência de Juscelino Kubitschek (1955-1960)
-, a bossa nova iniciou-se para muitos críticos quando foi lançado, em agosto
de 1958, um compacto simples do violonista João Gilberto , contendo as canções
Chega de Saudade (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e Bim Bom (do próprio
cantor).
Meses antes, João participara de Canção do Amor Demais, um álbum lançado em
maio daquele mesmo ano e exclusivamente dedicado às canções da iniciante dupla
Tom/Vinicius. De acordo com o escritor Ruy Castro (em seu livro Chega de
saudade, de 1990), este LP não foi um sucesso imediato ao ser lançado, mas o
disco pode ser considerado um dos marcos da bossa nova, não só por ter trazido
algumas das mais clássicas composições do gênero - entre as quais, Luciana,
Estrada Branca, Outra Vez e Chega de Saudade-, como também pela célebre batida
do violão de João Gilberto, com seus acordes dissonantes e inspirados no jazz
norte-americano - influência esta que daria argumentos aos críticos da bossa
nova
Em 1959, era lançado o primeiro LP de João Gilberto, Chega de saudade, contendo
a faixa-título - canção com cerca de 100 regravações feitas por artistas
brasileiros e estrangeiros. A partir dali, a bossa nova era uma realidade. Além
de João, parte do repertório clássico do movimento deve-se as parcerias de Tom
Jobim e Vinícius de Moraes. Consta-se, segundo muitos afirmam, que o espírito
bossa-novista já se encontrava na música que Jobim e Moraes fizeram, em 1956,
para a peça Orfeu da Conceição, primeira parceria da dupla, que esteve perto de
não acontecer, uma vez que Vinícius primeiro entrou em contato com Vadico, o
famoso parceiro de Noel Rosa e ex-membro do Bando da Lua, para fazer a trilha
sonora. É dessa peça, baseada na tragédia Grega Orfeu, uma das belas
composições de Tom e Vinícius, "Se todos fossem iguais a você", já
prenunciando os elementos melódicos da Bossa Nova.
Além de Chega de saudade, os dois compuseram Garota de Ipanema, outra
representativa canção da bossa nova, que se tornou a canção brasileira mais
conhecida em todo o mundo, depois de Aquarela do Brasil (Ary Barroso), com mais
de 169 gravações, entre as quais de Sarah Vaughan, Stan Getz, Frank Sinatra
(com Tom Jobim), Ella Fitzgerald entre outros. É de Tom Jobim também, junto com
Newton Mendonça, as canções Desafinado e Samba de uma Nota Só, dois dos
primeiros clássicos do novo gênero musical brasileiro a serem gravados no
mercado norte-americano a partir de 1960.
Catira
Catira ou cateretê é uma dança do folclore
brasileiro em que o ritmo musical é marcado pela batida dos pés e mãos dos
dançarinos.
A Catira tem sua origem muito discutida. Alguns dizem que ela veio da África
junto com os negros, outros acham que é de origem espanhola, enquanto
estudiosos afirmam que ela é uma mistura com origens africana, espanhola e
também portuguesa – já que a viola se originou em Portugal, de onde nos foi
trazida pelos jesuítas.
Diz-se que os jesuítas procuravam adaptar as danças e os cantos aos interesses
religiosos para atrair os indígenas e o cateretê era uma das mais amadas
(procuradas) de modo que ela se mantém até hoje no interior brasileiro nos
estados de Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mas há
outras opiniões que dão a esta dança uma origem africana, porém em geral ela é
considerada indígena. De forma tradicional, a parte instrumental consta de duas
violas caipiras e os cantores são os instrumentistas também, acompanhados pelos
batimentos dos pés e das mãos.
A dança tanto é conhecida como Cateretê, Catira ou Bate-pé. (na verdade o
Bate-pé vem a ser parte do cateretê em que os dançantes executam o sapateio) e
é o divertimento que outrora mais animava as populações rurais. O caipira do
interior paulista encontrava no "bate-pé" o melhor meio de fuga das canseiras e da vida roceira.
Certas danças como o Jongo e outras, com os seus improvisados versos de
"demanda", às vezes degeneram em desavenças. O Cateretê, ao
contrário, além de irrepreensivelmente respeitoso decorre num clima cordial de
alegria comunicativa. O caráter amistoso do Catira é, sem dúvida, a principal
razão pela qual, essa diversão persiste em nosso meio caboclo.
Forró
Forró
Denomina-se
forró uma festa popular brasileira e a musica conhecida também por arrasta-pé,
bate-chinela, fobó, forrobodó. No forró há vários ritmos musicais da região nordestina,
como o baião, coco, quadrilha, rojão, xaxado e o xote que são tocados,
tradicionalmente, por trios, compostos de um sanfoneiro (tocador de acordeão -
que no forró é tradicionalmente a sanfona de oito baixos), um zabumbeiro e um
tocador de triângulo.
O forró possui semelhanças com o toré e o arrastar dos pés do índios, com os
ritmos binários portugueses e holandeses e com o balançar dos quadris dos
africanos.
A origem do forró é controversa. É certo que o ritmo nasceu no Nordeste e foi
apresentado ao Sul do país por Luiz Gonzaga nos anos 40. Mas quando, onde e
como ele apareceu lá no sertão ainda é, de certo modo, um mistério que vem
dividindo muitos estudiosos e músicos. Há a versão mais popular de sua origem,
até transformada em canção por Geraldo Azevedo em 82, (e relançada agora em sua
coletânea Frutos e Raízes), For All Para Todos: a de que o nome viria dos
dizeres "For All" (em inglês "para todos"). A frase vinha
escrita nas portas dos bailes promovidos pelos ingleses em Pernambuco, no início
do século, quando eles vieram para cá construir ferrovias. Se a placa estivesse
lá era sinal de que todos podiam entrar na festa, regada a ritmos dançantes que
prenunciavam o forró de hoje, essa era a versão defendida por Luiz Gonzaga.
Nestes bailes tocavam todos os tipos de música e também o ritmo precursor do
forró atual. A segunda versão é dada pelo historiador e pesquisador da cultura
popular Luís da Câmara Cascudo, que diz que a origem é o termo africano
"forrobodó", que significaria festas recheadas de música, dança e
aguardente.
Baião
A
origem do Baião remonta ao século XIX, no nordeste do país, mas faltam
informações precisas para esse início.
O
baião recebeu, na sua origem, influências das modas de vida, música caipira e
também danças indígenas.
A popularização do ritmo se deu á partir da década de 40,com Luiz
Gonzaga, pernambucano que veio para o Rio de Janeiro e gravou inúmeras músicas,
que falavam do cotidiano nordestino. Esse tipo de baião cantado sofreu
influências de outros ritmos, como o samba e a conga.
O baião utiliza os seguintes instrumentos musicais: viola caipira,
sanfona,triangulo, flauta doce e acordeon.
Grandes sucessos do baião:
- Asa Branca - Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira
- Baião de Dois - Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira
- Mulher Rendeira – Zé do Norte
- Boi Bumbá – Gonzaguinha e Luiz Gonzaga
- Baião da Penha - David Nasser e Guio de Morais
Frevo
A palavra frevo vem de ferver, uma
vez que, o estilo de dança faz parecer que abaixo dos pés das pessoas exista
uma superfície com água fervendo.
O
Frevo é um ritmo pernambucano derivado da marcha e do maxixe.
Dança
instrumental, marcha em tempo binário e andamento rapidíssimo. Assim o ensaísta
Mário de Andrade sumariza o frevo em seu Dicionário Musical Brasileiro (Editora
Itatiaia, reedição, 1989). Derivado da polca marcial, inicialmente chamado
"marcha nortista" ou "marcha pernambucana", o frevo dos
primórdios trazia capoeiristas à frente do cortejo. Das gingas e rasteiras que
eles usavam para abrir caminho teria nascido o passo, que também lembra as
czardas russas. Até as sombrinhas coloridas seriam uma estilização das
utilizadas inicialmente como armas de defesa dos passistas.
De
instrumental, o gênero ganhou letra no frevo canção e saiu do âmbito
pernambucano para tomar o país. Basta dizer que O Teu Cabelo Não Nega, de 1932,
considerada a composição que fixou o estilo da marchinha carnavalesca carioca,
é na verdade uma adaptação do compositor Lamartine Babo do frevo Mulata, dos
pernambucanos Irmãos Valença. A primeira gravação com o nome do gênero foi o
Frevo Pernambucano (Luperce Miranda/ Oswaldo Santiago) lançada por Francisco
Alves no final de 1930.
Textos tirados de:
http://ritmosdaamericalatina.blogspot.com.br/2008/11/como-surgiram-os-diferentes-ritmos.html